Meu sonho sonhado criança, o que pensava. Fui o primeiro neto de uma família linda. Meus avôs tão nobres, quero fazer uma homenagem para eles. Eu nasci na Avenida Ilhéus. Fui criado por muitas tias. Minha mãe me contou que me carregava nas costas pela linha do trem. Ia brincar com as amigas. Fiquei apavorado quando ela me contou que caminhava pelos trilhos do trem de bicicleta. Ela tinha apenas 17 anos. Tenho um histórico de tantos amores amados. Do que sou, do que tento conquistar pela vida adentro. Não sou mais porque não me deixaram. Sou quem tenho que ser, e para ser feliz, continuou conquistando. Festejar é preciso. Resolvi homenagear meus avôs. Um deles eu não conheci. Sabia de um homem na época dos coronéis, destemido e valoroso, patriarca de uma grande família, José Antônio do Espírito Santo. Aprendi com orgulho sobre detalhes de sua vida. O outro, eu conheci, Álvaro de Azevedo Brito, que falava comigo em francês. Foi um delegado corajoso, batalhador, meu padrinho. Lembrar personalidades antigas é um prêmio que a internet nos oferece, e eu peço desculpas aos meus irmãos, primos e tios, porque elas são personalidades que já se foram. Mas lembro-me de tantos outros da História do Humanidade estão nas páginas vivas da mídia virtual. Eles não viveram esse mundo atual, esse mundo de hoje, de agora. Vi na internet uma homenagem a Ravel, que em uma nota apenas, deixou para o mundo o seu bolero, um drama da eternidade. Assim como outros, meus personagens tão queridos, tão imortais, como Balzac. Fazer aniversário não é mais um tempo de agora, é guardar. No dia-a-dia, a gente comemora com a nobreza da aristocracia rural, em uma época que valia ouro. Hoje a coisa mudou. Só sei do que não sou, do que quero ser e de pedir perdão pelo que não fiz.
Esta semana estarei de visual novo em meu Blog e no Facebook, festejando meu aniversário e curtindo com vocês uma alegria memorável.
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